Com a retomada do crescimento do setor em 2021, a expectativa é a de que o food service se recupere completamente em 2022.
Para quem trabalha com alimentação fora de casa, 2021 foi um respiro depois do período crítico vivido no ano anterior. Já começamos com a promessa da vacinação que, conforme foi avançando, trouxe consigo a esperança de que a economia começaria a se reerguer. Mas não foi um ano fácil.
A covid quebrou vários recordes em 2021 enquanto a vacina não chegava à grande maioria da população. Mas conforme o cronograma foi avançando, os bares e restaurantes passaram a ter mais flexibilização do funcionamento, fator que, somado ao aumento da circulação de pessoas e à retomada do trabalho presencial, ajudou a melhorar os números do setor.
Para 2022, a previsão é de recuperação completa. Para isso, é preciso entender de que forma os estabelecimentos devem se preparar para aproveitarem ao máximo este novo momento.
MENU DE NAVEGAÇÃO
1 → Desempenho do food service em 2021
2 → Projeções do food service para 2022
1 → Desempenho do food service em 2021
Depois de tanto tempo com restrições, retomar as atividades fora de casa é um desejo de muitas pessoas para começar a retornar à realidade. Por isso, comer fora de casa acaba sendo um dos programas sociais mais buscados — e o setor de food service comemora.
Este claramente não é um hábito que surgiu com a flexibilização da pandemia: segundo uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), as vendas da indústria alimentícia para o setor de refeições fora do lar cresceram 184,2% entre os anos de 2009 e 2019, em uma média de 11% ao ano, registrando em 2019 um valor acumulado de R$ 184,7 bilhões.
Depois do baque sofrido em 2020, em que o share da alimentação caiu dos 33% de 2019 para 24% (os 76% restantes foram direcionados ao varejo alimentício), o esperado era que 2021 fosse um ano decisivo para a retomada do setor — e os números não decepcionaram. A ABIA estimou o fechamento do ano em 27% de participação nas vendas totais da indústria de alimentos no mercado interno (R$ 173,3 bilhões) em 2021. O aumento representa 23,9% a mais que o registrado no ano anterior, precedendo a recuperação completa do food service em 2022.
2 → Projeções para 2022
Segundo a ABIA,o share de mercado do food service deve ter uma melhora este ano, alcançando os patamares de 28% de crescimento. Como o cenário para este ano é de aumento da taxa de juros, endividamento, inadimplência e encarecimento do crédito, os negócios do setor de food service devem estar atentos e preparados para aproveitarem o crescimento estimado para o ano.
Um levantamento da consultoria Galunion, da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e do Instituto Foodservice Brasil (IFB) apontou que 63% dos bares e restaurantes ainda não retomaram as vendas pré-pandemia, e 48% estimam que podem levar mais de 2 anos para pagarem as dívidas acumuladas desde o início das restrições. Por isso, é preciso pensar de forma planejada e estratégica para que essa recuperação aconteça da melhor forma.
A tecnologia pode ser uma forte aliada neste período. Ela pode estar presente em todas as etapas do negócio, desde a gestão de caixa até um app de delivery full service que permita o gerenciamento completo dos pedidos – do momento que são feitos até a entrega. O delivery, inclusive, segue em alta: ainda segundo a pesquisa, 85% dos negócios disseram que pretendem manter a solução como um dos seus canais de vendas. Usar essa e outras tecnologias permite um controle que será cada vez mais essencial quando falamos em inteligência de dados no food service, assim como a tendência cada vez mais forte de entregas ultrarrápidas. Leia mais aqui.
Por fim, outra tendência imposta pela covid que dá sinais de que permanecerá por muito tempo são os recursos voltados para a segurança dos consumidores. Espaços amplos e arejados, cardápios em QR code, atendimentos automatizados e delivery são alguns dos mais conhecidos.
Como ainda não há uma certeza sobre o fim definitivo da pandemia (o que fica claro à medida que novas variantes surgem), é preciso que os gestores estejam sempre atentos aos movimentos do mercado e às demandas de consumidores cada vez mais exigentes.
Leitura complementar