Na Irlanda, Muralha da China ou em Curitiba já acontecem entregas de drone. Descubra como funciona, os desafios e o futuro do delivery no Brasil.
Imagine receber seu pedido em minutos pelos ares, entregue diretamente no seu quintal ou sacada. O que parecia um negócio do futuro já é realidade em alguns lugares do mundo e promete revolucionar a logística como conhecemos.
Neste artigo exploramos o universo dos drones de entrega, desde a experiência em países pioneiros até os desafios da tecnologia no Brasil. Prepare-se para decolar rumo ao delivery pelos ares!
Deguste o menu
A disputa pelo céu já começou
A corrida pelas entregas de drone está a todo vapor. Empresas como Amazon, Alphabet e Zipline eram pioneiras na tecnologia, até a chegada da startup irlandesa Manna.
Enquanto as big techs apostam em drones com baterias integradas que geram alto custo operacional, a Manna desenvolveu um sistema simplificado. Os drones da marca são menores, mais baratos e com baterias intercambiáveis.
Essas mudanças agora permitem que um único funcionário realize até 30 entregas por hora, com um tempo de giro de apenas 60 segundos. Os drones da Manna operam de forma autônoma, supervisionados por um único operador na sede da empresa. Cada funcionário é capaz de controlar até 20 aeronaves por vez.
Do café da manhã na Irlanda à Muralha da China
A Manna já realizou mais de 200 mil entregas na Irlanda, com foco em itens como cafés, refeições e pequenos produtos.
Enquanto isso, na China, o uso de drone de entrega já é uma realidade consolidada. A Meituan, por exemplo, opera mais de 30 rotas de delivery com drones. Na Muralha da China, por exemplo, aeronaves entregam pedidos em apenas 5 minutos, percorrendo uma distância que levaria 50 minutos a pé.
Quais os desafios de implementar a entrega por drone no Brasil?
No Brasil, o delivery de drone ainda enfrenta desafios regulatórios e de infraestrutura. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) controla o uso de drones, exigindo:
- Registro;
- Licenciamento; e
- Autorizações específicas para operações comerciais.
Uma operação complexa
Os drones de entrega envolvem muito planejamento e questões de segurança. Veja alguns passos:
1) O primeiro passo é separar os pedidos em centros de distribuição.
2) Os drones seguem aerovias definidas por segurança do espaço aéreo, condições climáticas e localização dos pontos de recarga.
3) Durante o voo, o drone se guia por GPS, sensores e inteligência artificial, garantindo a precisão do trajeto.
4) Os drone ports, locais para pouso, são usados para a troca de baterias, manutenção e redistribuição de pacotes.
5) Ao alcançar o destino, o drone pousa e libera a encomenda, finalizando o processo.
Para as entregas de drone se tornarem uma realidade no Brasil
Aprimorar a regulamentação
Criar um marco regulatório que incentive a inovação e garanta a segurança das operações, semelhante ao modelo europeu.
Investir em infraestrutura
Desenvolver “aerovias” e pontos de pouso (drone ports) para otimizar as rotas e a gestão das entregas com drones.
Superar as barreiras tecnológicas
Investir em tecnologias de navegação, comunicação e segurança.
Estimular a inovação e o empreendedorismo
Startups e empresas que desenvolverem soluções e modelos de negócios para o delivery de drone.
Conscientizar a população
Informar para gerar aceitação e confiança na tecnologia.
Curitiba é a primeira a receber entregas por drone
Curitiba (PR) foi escolhida para receber a primeira entrega com um drone feita pelos Correios. A aeronave transportou uma placa comemorativa que marcou o início de um projeto piloto para a criação de aerovias na capital do Paraná.
O teste representa um passo importante para o futuro do delivery de drone no Brasil e abre portas para mais parcerias público-privadas. A iniciativa foi realizada entre Correios, Embraer, Speedbird Aero e Prefeitura de Curitiba que utilizou um drone com tecnologia 100% nacional, com capacidade para transportar até 35 quilos.
China é pioneira nos drones de entrega
A China é líder global no mercado de entregas com drones. O país já ultrapassou a marca de 42 bilhões de encomendas, em 2023, atendendo mais de 700 milhões de usuários, segundo a Confederação da Logística e Compras da China.
Gigantes como Meituan e Alibaba investem em tecnologia e infraestrutura para tornar o drone de entrega uma parte fundamental da logística. Por lá, as entregas ultrarrápidas também ganham espaço e crescem acima de 50% no ano.
A combinação de inovação, investimento e demanda consolida a China como referência mundial em drone de entrega. Isso demonstra o potencial da tecnologia para transformar o comércio e a logística.
Meituan vai movimentar mercado brasileiro
O Brasil está prestes a vivenciar uma revolução no mercado de delivery. A Meituan anunciou os planos de operar no país até 2026, segundo o NeoFeed. A empresa é avaliada em US$ 130 bilhões e especialista em entregas ultrarrápidas.
A maior novidade é o super-app com serviço de mobilidade, reserva de hotéis e outras facilidades. Essa chegada representa um impacto direto ao mercado brasileiro que atualmente é controlado por um único player, com 80% do controle do setor.
Com mais concorrência e diversidade de serviços, lojistas e usuários podem esperar com entusiasmo a chegada da gigante chinesa.
Continue se informando

Drone de entrega: delivery pelo ar já é uma realidade
Na Irlanda, Muralha da China ou em Curitiba já acontecem entregas de drone. Descubra como funciona, os desafios e o futuro do delivery no Brasil.

Como escolher um sócio: o guia para seu negócio
Só aqui: 5 características essenciais para escolher um sócio + cases de sucesso que vão te inspirar. Confira neste artigo e acerte na parceria!