Entenda técnicas de upsell e cross sell para aumentar o ticket médio, melhorar o CRM e fidelizar clientes no delivery.
Imagine um cliente que faz um pedido pelo app Delivery Much, escolhe o prato favorito, finaliza a compra e, no último passo, recebe uma sugestão de sobremesa ou uma bebida por um pequeno valor adicional. Ele aceita e, quando recebe a entrega, está satisfeito tanto com o pedido quanto com a experiência.
Essa pequena cena não é sorte: é fruto de uma estratégia. Upsell é mais do que uma oferta adicional. É uma ponte até a satisfação completa do consumidor e a sustentabilidade de micro e pequenas empresas.
Ao longo deste guia, você entenderá por que negócios inovadores, como muitos dos parceiros da Delivery Much, têm olhado com tanta atenção para essas estratégias, e como você pode aplicar tudo isso no seu negócio, seja do setor de alimentação ou não.
Vamos juntos transformar possibilidades em resultados reais?
Entenda o conceito de upsell
O termo “upsell” se popularizou no varejo digital e físico, mas, na prática, está presente desde o balcão da padaria mais tradicional até o app de entrega mais moderno.
Basicamente, trata-se de oferecer ao cliente a chance de adquirir uma versão mais completa, sofisticada ou vantajosa do produto ou serviço que ele já tem interesse, gerando valor extra a ambas as partes. Não basta só sugerir algo a mais, é preciso agregar benefícios reais.
Ao pedir um hambúrguer por aplicativo de delivery, surge a opção de “tornar combo”, incluindo batata e refrigerante por um preço menor do que se fossem comprados separadamente. O cliente ganha vantagem, e o restaurante eleva seu ticket médio.
Diferenciando upsell e cross sell
Muita gente confunde as duas técnicas ou trata ambas como se fossem uma coisa só. Mas elas têm objetivos distintos e, usadas juntas, potencializam qualquer negócio.
- Venda adicional (upsell): convence o cliente a adquirir um produto ou plano de valor mais alto ou robusto do mesmo item principal desejado. Exemplo clássico: upgrade do sanduíche simples para o duplo.
- Venda cruzada (cross sell): sugere produtos complementares ao que está sendo comprado, aumentando o valor do carrinho de forma horizontal. Exemplo: oferecer uma sobremesa ou molho extra junto ao pedido principal.
Ambos elevam o ticket médio, mas, enquanto um mira na versão melhorada, o outro aposta na variedade do que pode ser consumido em conjunto com a primeira escolha.
Segundo dados recentes da McKinsey, empresas que adotam ambas as abordagens conseguem elevar conversões em até 60% e incrementar em 30% o retorno sobre o investimento (ROI) em ações promocionais.
No universo dos aplicativos de delivery, saber equilibrar ofertas que realmente interessam faz toda diferença entre conquistar e apenas vender.
Como o upsell aumenta ticket médio e fidelização
Os benefícios de vender mais para quem já confia na sua marca são amplos. Segundo o relatório “Marketing Metrics”, a chance de vender para um cliente antigo chega a 70%, enquanto para novos isso cai para 20% (fonte).
Ou seja, focar no público que já conhece seu serviço reduz custos aquisitivos e faz o faturamento crescer sem, necessariamente, ter que expandir a base.
Em termos práticos, a cada aplicação inteligente de upgrade na venda, o tíquete médio aumenta. Mas esse não é o único ganho:
- O cliente percebe a marca como atenta às suas necessidades e preferências.
- A personalização aumenta a satisfação e incentiva recomendações.
- O consumidor sente que fez um “bom negócio”, reduzindo insatisfação ou trocas futuras.
Por aqui, na Delivery Much, notamos que restaurantes e mercados que aplicam estratégias de venda adicional veem seus melhores clientes retornarem mais vezes.
O peso da personalização no aumento das vendas
Segundo um relatório da McKinsey & Company, 71% dos consumidores americanos afirmam que a personalização tem impacto direto em suas decisões de compra. Empresas que investem mais nessa frente geram 40% mais faturamento que concorrentes que ignoram o tema.
Personalização exige ferramentas que guardam histórico, analisam padrões e “leem” o momento certo. Seja via CRM (gestão de relacionamento com o cliente), seja pelo próprio app, quem oferece upgrade certeiro fideliza e constrói uma relação duradoura e lucrativa.
Desafios ao aplicar estratégias de venda adicional
Há desafios práticos na implementação. Entre eles:
- Medo de “empurrar venda”: Clientes percebem quando a sugestão não faz sentido. Por isso, o ideal é entregar apenas o que realmente adiciona valor.
- Equipe pouco treinada: Uma oferta mal feita pode afastar o cliente. Capacitação constante e clareza sobre o momento certo de sugerir são fundamentais.
- Tecnologia limitada: Sem CRM atualizado ou ferramentas para cruzamento de dados, fica difícil identificar padrões e personalizar abordagens.
- Ofertas genéricas: Sugerir o mesmo para todo mundo resulta em rejeição e até quedas de engajamento.
Mesmo diante desses obstáculos, negócios que persistem, testam novas abordagens e ouvem seus clientes recolhem frutos mais cedo.
Como superar os desafios
A solução começa pela segmentação de clientes. Além disso, personalizar ofertas é fundamental. Isso pode ser feito por:
- Analisar histórico de pedidos e horários preferidos;
- Criar promoções sazonais baseadas em eventos locais ou datas comemorativas;
- Oferecer upgrades em momentos de maior engajamento (por exemplo, quando o cliente adiciona vários itens);
- Usar feedbacks para melhorar continuamente as recomendações apresentadas.
E, acima de tudo, manter a naturalidade da oferta: se faz sentido para o cliente, faz sentido para a empresa.
Tecnologia e CRM: impulsionando os resultados
Hoje, empresas que investem em CRM e automação detectam padrões de consumo e identificam, com precisão, o melhor momento para apresentar um upgrade. Com sistemas integrados, é possível enviar ofertas personalizadas por push no app, WhatsApp ou e-mail, conforme o perfil de cada cliente.
Dicas para treinar a equipe: método é tudo
Pessoas compram de pessoas. O papel da equipe é torná-las protagonistas nesse processo — seja presencialmente, seja pelo atendimento virtual.
Algumas dicas simples e replicáveis para o dia a dia:
- Escuta ativa: Deixe o cliente expor o que deseja, só depois sugerir uma alternativa que realmente faça sentido.
- Abordagem consultiva: Não venda, ajude a escolher. Mostre vantagens e use exemplos (“Muitos clientes pedem o combo X pois inclui sobremesa por apenas R$ 4 a mais.”).
- Conhecimento profundo dos produtos: Saber o que sugere evita ofertas absurdas e aumenta a confiança do consumidor.
- Saber o momento de ofertar: Durante o fechamento do pedido ou quando surgir espaço no atendimento (não pressione, só indique).
- Feedback e melhoria contínua: Ouça o cliente, anote recusa de ofertas e ajuste abordagens para os próximos atendimentos.
Benefícios que vão além do faturamento
Claro que o foco está no aumento de receita, mas a estratégia de venda adicional madura vai além:
- Experiência mais rica: O cliente sente que a oferta foi pensada para ele, não empurrada de qualquer jeito.
- Relacionamento de longo prazo: O consumidor passa a confiar mais na marca, indicando para outros e voltando mais vezes.
- Redução do churn: Clientes satisfeitos trocam menos de fornecedor, o que diminui gastos com captação de novos consumidores.
- Eficiência operacional: Aumentar ticket médio com os mesmos recursos eleva a margem e reduz pressão sobre aquisições.
Além disso, estudos mostram que clientes recorrentes gastam 67% a mais que novos clientes. Ou seja, todo esforço em elevar essa base se paga e rápido.
O segredo da aceitação: segmentação e timing
De nada adianta bombardear o cliente com sugestões a todo momento. O segredo é saber quem está do outro lado e quando apresentar a opção.
- Segmentação: Use dados como frequência de compra, valor dos pedidos e preferências registradas para identificar oportunidades e até evitar sugerir repetidas vezes o mesmo upgrade para quem sempre recusa.
- Timing perfeito: O melhor momento, quase sempre, é no fechamento do pedido, quando o cliente já decidiu — aí uma sugestão de algo vantajoso é melhor recebida.
- Tendências tecnológicas: Inteligência artificial e recomendações automáticas já identificam padrões de consumo e adaptam sugestões com base no histórico individual, potencializando as chances de sucesso.
Perguntas frequentes sobre upsell
O que é upsell e como funciona?
Upsell é a estratégia de sugerir ao cliente uma versão melhorada, mais completa ou vantajosa do produto ou serviço que ele já pretende comprar. Funciona ao apresentar opções que agreguem valor – seja através de upgrades, tamanhos maiores ou inclusão de itens premium por uma diferença de preço acessível. Na prática, é o famoso “quer tornar combo?” ou “por mais X, leve também Y”, sempre de forma alinhada ao perfil do consumidor.
Como aplicar upsell no meu negócio?
O primeiro passo é conhecer bem o público e identificar, entre os produtos ou serviços já procurados, quais permitem uma oferta natural de versão melhorada. Em seguida, personalize as sugestões, usando dados do histórico de compras, horários preferidos e preferências do cliente. Treine a equipe para fazer abordagens consultivas, focadas em mostrar o benefício real. Se possível, conte com soluções tecnológicas, como CRMs ou funções inteligentes do seu app de delivery, para automatizar recomendações e monitorar resultados.
Quais são os benefícios do upsell?
Os benefícios vão além do faturamento. Aumenta-se o ticket médio, sim, mas também se constrói uma experiência mais positiva, reduz churn, incentiva recorrência e valoriza a relação. Clientes se sentem compreendidos, as indicações aumentam e os custos para vender caem, já que é mais fácil vender mais para quem já confiou na marca anteriormente.
Upsell realmente aumenta a fidelização?
Sim, quando aplicado com sensibilidade e foco na satisfação do cliente. O segredo está em sugerir opções que realmente fazem sentido e agregam valor. Isso gera sensação positiva, experiência marcante e, portanto, fidelidade. Vale sempre lembrar: clientes bem atendidos voltam, gastam mais e ainda indicam.
Quando é o melhor momento para oferecer upsell?
O melhor momento quase sempre é durante o fechamento do pedido, quando o cliente já decidiu a compra principal. Outra fase de boa aceitação é logo após a escolha do produto, antes da finalização, com ofertas contextuais (como combos ou versões premium). Evite abordagens insistentes ou fora de contexto, pois podem ser percebidas como pressão e gerar rejeição.