Empreendedorismo digital são modelos de negócio (produtos ou serviços) desenvolvidos e operacionalizados, a partir da web, com foco em resolver problemas de negócios ou sociais, como transporte (Uber), pedido de comida (Delivery Much), marketing digital (Resultados Digitais), e-commerce (Peixe Urbano).
1 – O que é empreendedorismo digital?
2 – O que eu preciso para ser um empreendedor digital
3 – Empreendedorismo digital ou tradicional, qual é a melhor opção?
4 – Como tornar meu negócio digital?
5 – Ideias de empreendedorismo digital
6 – Começar do zero ou apostar em uma franquia digital?
7 – Educação: quem devo seguir e literatura
Em poucas palavras, empreendedorismo digital é uma forma de empreender utilizando-se de recursos e soluções digitais.
Voltando o olhar para o Brasil, o empreendedorismo digital ganhou corpo a partir de 2010. A expansão de negócios digitais de grande impacto e um maior interesse de profissionais pelo setor criaram no país um novo ecossistema empresarial.
Nicho que encontra lugar e voz em alguns centros. São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis são os mais ativos. Porém, o modelo espalha tecnologia e empreendedorismo por todo o país.
Crescimento exponencial sem fronteiras para negócio
Uma das características nativas do empreendedorismo digital é o crescimento rápido aliado a mudanças, muitas vezes bruscas, mas com foco em expansão.
Movimento que, segundo a E-commerce Foundation, alçou um crescimento de 16% no setor em 2018. Outros segmentos também registraram alta. No de alimentação, por exemplo, apenas o delivery online no interior do país foi responsável por 81% de crescimento.
Além disso, setores como o marketing digital, serviços digitais e infoprodutos positivam e alimentam a estimativa de investidores. Em um comparativo direto no mercado publicitário, o digital desponta. Segundo a pesquisa Digital Adspend 2018, foram movimentados R$ 18 bilhões em publicidade digital. Um crescimento de 21%, contra 5% do mercado tradicional.
De acordo com especialistas do Sebrae, os números são reflexos da mudança de comportamento do brasileiro. Mais conectada – o número de pessoas com acesso à internet cresceu 7% em 2018 -, a população busca por soluções digitais, para resolver problemas diários, sejam elas produtos ou serviços.
Um dado importante neste cenário é a extinção de fronteiras para se fazer negócios. Com o digital, as empresas expandem sua atuação por todo o país e mesmo mundo. Um case de sucesso, de 2012, mas ainda emblemático no setor, é o do Ponto Frio. Via twitter, a loja vendeu mais de R$ 20 milhões em mercadorias.
Apenas um computador e conexão à internet não te tornam um empreendedor digital!
Dito isso, se você pensa em investir no universo digital, o primeiro passo é avaliar se você tem ou não perfil para o negócio e quer assumir as responsabilidades aliadas ao modelo.
Mas quais são os “requisitos” para se tornar um empreendedor digital?
Segundo o Sebrae, um padrão encontrado na pesquisa “Sondagem Sobre o Empreendedorismo Digital” mostra que 75,2% destes profissionais têm curso superior completo e 29% dizem ter concluído ao menos uma pós-graduação.
Dentre as especialidades destes empreendedores: 20% têm formação em ciências da computação; 88,5% têm menos de 30 anos e se concentram, principalmente, em capitais 73,7%.
De acordo com a Endeavor, outros pontos importantes no mindset de um empreendedor digital, são: desbravador; empolgado; provedor; apaixonado; antenado; independente; arrojado; pragmático e lutador.
Além disso, é preciso estar sempre atualizado. Embora pareça óbvio, é essencial ao empreendedor observar continuamente as atualizações que envolvem o seu mercado.
Esse planejamento deve ser estruturado desde o momento zero, na pesquisa de mercado. Documento fundamental para orientar o empreendedor nos primeiros passos de um empreendimento. Você pode entender mais sobre ele aqui: “Como fazer pesquisa de mercado”.
Além destes pontos, é preciso atentar às responsabilidades legais do seu negócio. Segundo Gianne Rosa, Assistente Jurídica da Delivery Much, isso é essencial, pois como em qualquer outra operação formal se faz necessária a regularização da pessoa jurídica.
“Diretamente relacionada com o modelo de negócio, o empreendedor deve escolher qual modalidade de CNPJ se enquadra com a atividade a ser desempenhada”, explica Gianne.
Uma boa dica, aponta a profissional, é o MEI (Microempreendedor Individual), por possuir baixo custo de manutenção.
Se comparado ao mercado tradicional – a Ypióca, por exemplo, tem 173 anos – ou mesmo com inovações como smartphones. que começaram a ser comercializados em 1994. O empreendedorismo digital ainda está nos seus primeiros degraus.
Para se ter ideia, o gmail completou 15 anos em 02/04/2019 e o próprio Google, presente na vida da maioria das pessoas, tem apenas 20 anos.
Mas as diferenças não acabam no tempo. Há uma infinidade de pontos que o empreendedor deve avaliar antes de tomar a decisão de qual modelo de empreendedorismo faz mais sentido para suas pretensões.
1 - Custos
Um negócio físico tem um custo inicial muito maior. Ao contrário de um digital, onde, dependendo do modelo de negócio, é possível trabalhar de casa. Um estabelecimento comercial, por exemplo, irá demandar infraestrutura, equipamentos e, invariavelmente, funcionários.
Isso, claro, levanta também outras necessidades, como: pagamento de aluguel, taxas, investimento em marketing e em outros setores da empresa. Além disso, outras responsabilidades como a emissão de alvarás, necessários para o funcionamento do negócio.
É importante destacar que dependendo do modelo de negócio, mesmo o digital irá demandar uma estrutura física, funcionários e responsabilidades similares a um negócio tradicional. A diferença está na escalabilidade.
2 - Mobilidade e escalabilidade
Você também pode escalar um negócio tradicional. Há várias formas de fazê-lo. A mais comum é a partir de franquias.
Contudo se comparado a um negócio físico, o digital abre possibilidades muito mais atrativas.
Além dos custos e da extinção de fronteiras (já mencionados). Um negócio digital permite uma liberdade maior ao empreendedor. Possibilitando administrar a empresa de qualquer lugar, inclusive em viagens.
Outra diferença que pesa a favor do digital, é a possibilidade de acompanhar em tempo real o desempenho do seu negócio e estender o atendimento para seus clientes a 24h por dia, 7 dias por semana. Não ficando restrito a horários tradicionais de atendimento.
3 - Modelos de marketing
Atualmente, o marketing digital é um meio que atende negócio digitais e físicos. A diferença está na condução do cliente ao produto final. Algo que se propõem pelo comportamento dos consumidores para alguns produtos. Roupas e calçados, por exemplo, são produtos que as pessoas fazem uma consulta via web para decidir e efetivam a compra no físico.
Bruna Willagrand, SDR da Delivery Much, costuma seguir a prática. Ela diz ter receio em relação a tamanhos e números dos produtos. Por outro lado, para quaisquer outras mercadorias, incluindo comida, enfatiza preferir loja virtuais.
Para ela, um problema é a entrega, uma vez que a maioria das compras exigem alguém para receber, “o que inviabiliza e atrasa algumas coisas.”, relata.
Contudo, neste cenário, o empreendedor deve refletir sobre qual modelo (digital ou tradicional) faz sentido e como pode aproveitar o melhor dos dois mundos para potencializar um negócio.
De acordo com dados do relatório anual da E-commerce Foundation, o número de brasileiros que compram via web cresceu 6% em 2018. Saltando de 55,2 milhões para 60 milhões. Ou seja, 27% da população, movimentando mais de US$ 21 bilhões. Deste total, o mobile responsável por 25% das compras.
Além disso, uma pesquisa do Google destaca que o comércio eletrônico dobrará sua participação no faturamento do varejo até 2021. Um crescimento estimado de 12,4% ao ano.
A pesquisa ainda mostra, que 19% das vendas totais do varejo offline – excluindo alimentos e bebidas – sofrem influência do meio digital. A previsão até 2021 é de 32%.
Em outras palavras, se você ainda não está atuando no mercado digital. Você precisa começar.
Evidente, para iniciar, não basta criar contas nas redes sociais, ou mesmo uma loja online. É preciso entender:
1 - Quem é minha persona?
Buyer personas são personagens fictícios. Baseados em seus clientes reais, eles são utilizados para gerar uma comunicação eficiente entre empresa e clientes. Contudo, tome cuidado. Você precisa entender quem são suas personas online e offline. Invariavelmente elas podem ser as mesmas, mas é preciso validar essa hipótese.
Para construir sua buyer persona você deve ouvi-las. Isto é construa uma pesquisa que responda perguntas como: a) qual o gênero dos seus clientes?, b) qual a idade média?, c) qual o nível de escolaridade?, c) ela vai ao cinema ou ao teatro?, d) prefere pizza ou hambúrguer?, e) ela lê conteúdos sobre o produto que você oferece?
Enfim, construa uma base de perguntas que sejam relevantes para entender o comportamento do seu público. Como ela fala; o que pensa; como se expressa; usa redes sociais, quais?; o que gosta; quais são seus objetivos de vida?; o que ela espera ao adquirir seu produto?
Dicas para a construção da persona
- cuidado para não construir uma pesquisa muito longa;
- utilize uma ferramenta digital como o Google Forms para fazer sua pesquisa;
- incentive o maior número de clientes a responder sua pesquisa;
- deixe a pesquisa no ar entre 7 e 20 dias;
- compile dados e os valide entrevistando clientes que não responderam ao forms;
- revise a persona a cada 6 meses.
2 - Defina seu tom de voz
Avatares como o Pinguim do Ponto Frio ou a “Lu” da Magazine Luiza são famosos no universo digital por atenderem de maneira pessoal e direcionada seus clientes. Construindo uma relação de confiança e proximidade.
Isso é possível a partir dos dados da persona e do entendimento de como ela se comunica. Por exemplo, se seus clientes têm um tom mais formal e querem ser tratados por Sr. e Sra., você não pode direcionar comunicações, atendimento online e mesmo offline de maneira informal. Sua persona está distante disso.
Outro ponto essencial é entender como a sua marca se coloca no mercado e alinhar a comunicação em todos os canais.
Sua marca precisa e deve ter uma personalidade. Uma forma de agir que represente aos seus clientes pessoalidade e proximidade. Um exemplo ótimo de branding persona (marca), além das já citadas é a da Netflix.
3 - Esteja presente, mas com qualidade
Existem mitos sobre o empreendedorismo digital. Talvez, a maior falácia do setor seja: “Vou ficar rico indo para a internet”.
Esse é um equívoco comum, pois assim como o ambiente offline, o online é repleto de concorrentes. Talvez, muito mais concorrido.
Por exemplo, ao fazer uma busca no Google por um livro do autor Gabriel García Márquez, o usuário é direcionada a inúmeras opções. Livrarias, sebos, mercado livre, etc. Contudo, de acordo com o Google, 90% dos usuários clicam nos primeiros 4 resultados e apenas 1% vai à segunda página, conferir os resultados apresentados.
Logo, se você irá investir no mercado digital, e tem um restaurante, por exemplo, avalie aderir as opções de delivery online da sua cidade. Construa um site que atenda às demandas da sua persona. Otimize o seu SEO (temos um material especial focado nisso, você pode acessar aqui), mas, principalmente, pense no seu cliente. Responda ao que ele quer ver ao entrar no seu canal.
Além disso, ao compilar os dados da sua persona, atente para os interesses dos seus clientes. Se você tem uma pizzaria e entende que 70% dos clientes amam pizza de calabresa, e 30% são veganos, você precisa segmentar sua comunicação.
Ou seja, as campanhas de pizzas de calabresa, por exemplo, devem ser direcionadas a apenas 70% dos seus clientes.
4 - Construa relacionamentos
Com uma comunicação homogênea (tom de voz, paleta de cores, imagens, etc), seus clientes vão entender com quem estão falando. Vão se identificar com sua marca pelas características únicas que ela têm.
Porém, para construir uma marca forte, além de todo o trabalho de branding e marketing é preciso construir relações verdadeiras, em todos os canais, com seus clientes
Segundo Conrado Adolpho, especialista em negócios digitais, é preciso entender que o empreendedorismo digital, um negócio digital, é diferente de um negócio tradicional. A primeira diferença está em compreender que “anúncio não foi feito para vender.”, explica ele à Exame.
Segundo o especialista, as pessoas precisam entender um anúncio como um meio de dialogar com seus consumidores. Um canal para mostrar a eles que há uma zona de relacionamento. “Pessoas acreditam em pessoas”, aponta o especialista. Logo, reflete, “não faça um discurso sobre a marca, mas sim um discurso de uma amigo falando para outro.”, enfatiza.
5 - Invista em Marketing digital
O primeiro ponto é entender que o marketing digital não irá fazer milagres, mas se bem estruturado e com uma estratégia focada em atender a sua persona, ele pode render bons frutos.
Logo, construa sua estratégia focada na sua persona, aliando uma comunicação omnichannel e direcionada para cada tipo de cliente. Você pode se aprofundar no assunto aqui: Marketing digital para pequenas empresas.
Além destes pontos, juridicamente, é preciso adicionar CNAES (Classificação Nacional de Atividade Economia) ao seu CNPJ para englobar vendas online.
Todo empreendedor pensa em ter aquela ideia que ao sair do papel vai valer milhões. Contudo apenas uma ideia sensacional não é garantia de sucesso.
Prova disso são os dados do Sebrae. A instituição aponta que 60% das novas empresas encerram suas atividades em até 5 anos. No universo tecnológico, a métrica é mais amena: 30% das startups não conseguem se manter no mercado.
Os números negativos, segundo pesquisas, são reflexos da inexperiência de gestão. Do difícil acesso a capital e divergências entre os sócios. Dificuldades que podem ser minimizadas, como aponta Artur Vontobel, Conselheiro Consultivo da Delivery Much Brasil.
“Ao iniciar um negócio é fundamental que os sócios sejam capazes de aportar muito mais do que recursos financeiros (que geralmente são escassos).”, enfatiza.
Para o conselheiro, é essencial aos sócios ter habilidades individuais complementares. “Base para o início de uma startup.”, reflete e aconselha: “quanto mais complementares forem as habilidades, melhores as possibilidades de êxito no projeto. Não é só com atacantes ou zagueiros que se constrói um time vitorioso. Como exemplo: se você é da área de engenharia, procure sócios com habilidades na área de gestão, marketing ou gestão de pessoas.”.
Além disso, Vontobel ressalta a necessidade de um alinhamento fino dos sócios em relação ao que se espera do negócio e foco em resultados.
“Para um empreendimento ‘parar de pé’ é preciso que exista uma perspectiva clara de viabilidade econômica. Essa clareza do caminho de resultado, aliado aos fatores mencionados acima, facilitará muito o acesso a capital.”, reforça.
Com este alinhamento em andamento, os empreendedores precisam, voltando ao perfil, avaliar que tipo de negócio é o mais adequado e …
Reconhecer as demandas da cidade
Com base no perfil das suas personas, explore aquilo que podemos chamar de dores e necessidades do público-alvo.
A partir disso, você conseguirá confirmar se a empresa tem real viabilidade na região e será lucrativa. Se bem estruturada a pesquisa de mercado, ela te ajudará a descobrir se sua ideia é exequível, se precisa de alguns ajustes, ou, então, que ela não faz sentido e deverá ser reformulada.
Assim como na definição do público-alvo, aqui também é importante a observação local. Mas avance e não converse só com os moradores: faça contato com empreendedores e investidores. Visite negócios e participe dos eventos da cidade. Essa formação de rede lhe colocará no centro do ambiente de negócios.
Durante esse processo, você pode acabar percebendo que, para inovar, não será necessário criar uma ideia do zero, mas, sim, aperfeiçoar produtos ou serviços que já existem, mas têm baixa qualidade. Essa pode ser uma excelente oportunidade de negócio: sua empresa fará concorrência, criando senso de novidade e movimentando o mercado local.
Ofereça uma solução
A partir dos detalhes da persona e do conhecimento do mercado, você terá como determinar a sua ideia de negócio. Nessa hora, é muito importante manter o foco para criar um modelo de negócio coerente ao aprendizado sobre a cidade.
Elabore uma documentação a partir de uma análise profunda de todos os aspectos levantados na pesquisa. Faça anotações considerando o ideia e também os objetivos que você deseja alcançar. Para isso, tenha clareza das forças e fraquezas do seu projeto e também das oportunidades e ameaças do mercado.
Usar esse material como base e manter-se fiel a ele é uma estratégia para sua ideia realmente oferecer uma solução, e não um novo problema. Por mais que você tenha um projeto inovador, do qual goste muito, é essencial não ter apego a ele e entender que quem precisa se adequar ao público e à realidade é a empresa.
A sua oferta tem que ser condizente com aquilo que as pessoas da cidade precisam e desejam. Caso contrário, as chances de a sua empresa fechar as portas serão grandes.
Além desses passos importantes, focados nas especificidades da região de investimentos, algo que pode ajudar na definição de boas ideias de negócios é fazer estudos e pesquisas. Procure materiais de referência, como sites especializados em empreendedorismo, para adquirir conhecimentos técnicos e acompanhar as novidades do setor.
Estes dados podem lhe dar ideia de como e onde montar seu negócio, investimento inicial e até mesmo se o viável é um negócio físico ou online, como uma loja virtual, por exemplo.
Ideias de negócios digitais
1 – Fintechs →
focadas no mercado financeiro elas são uma tendência lucrativa e com vasto mercado a ser explorado.
Segundo Neil Patel, um dos maiores especialistas em marketing digital do mundo, cada vez mais pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, buscam soluções além dos modelos financeiros tradicionais.
Esse movimento foi puxado, no Brasil, por empresas como a Nubank, Warren e muitas outras que propõem um sistema financeiro mais simples e sem juros abusivos.
2 – E-commerces →
o e-commerce CRESCEU 12% em 2018, fechando o ano com 123 milhões de pedidos. 10% a mais que em 2017.
Para 2019, espera-se um crescimento de 15% do setor, chegando a 137 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 447.
Segundo declaração de Ana Szasz, da Edit Nielsen, para o jornal Estado de Minas, os dados levam em conta a entrada de novos consumidores, a expansão do mercado mobile e de banda larga e a migração do varejo offline para o online.
3 – Infoprodutos →
para Patel, o Brasil ainda engatinha neste mercado. Contudo, com a descentralização da educação e a penetração da internet, que chegou 74% em 2018, ele vê um potencial interessante e escalável no mercado.
Algumas empresas como a Monetizze e a Hotmart são bons exemplos da expansão deste mercado.
O alerta do profissional é que não há garantias de lucro rápido, por outro lado, o investimento é baixo.
4 – Marketing digital →
o marketing digital cresce ano a ano, como apontamos acima, o mercado digital cresceu, em 2018. 16% acima do tradicional.
No setor há várias possibilidades de negócio. Agências de marketing digital, consultoria, ou atuar em especialidades como o marketing de conteúdo. De acordo com Patel, o modelo engloba um pacote completo de soluções para as empresas, que podem educar, informar e entreter.
5 – Franquias online →
O setor de franquias cresceu 7% em 2018, e se mostra atrativo para empreendedores que pretendem ter um negócio digital sem começar do zero. Com funcionamento similar ao de uma franquia física, uma franquia online possibilita ao empreendedor exclusividade, know-how e apoio da rede franqueadora, possibilitando um crescimento mais rápido e com garantia de ROI (Retorno sobre Investimento).Dicas financeiras para seu negócio
1 – Estipule o preço dos seus produtos →
Bernardo Martins, head de expansão da Delivery Much, destaca ser esse, um passo básico, porém não visualizado por muitos empreendedores. “A gente tende a pensar em preços sem saber os custos e a pensar em receita baseado única e exclusivamente no achismo ou desejo ou em uma única fonte.”, reflete. Para facilitar, uma solução é fazer um caminho diferente: conversar com outras empresas; perguntar quanto elas cobram; como cobram; como formatam seus serviços; quantas pessoas precisam e qual é o processo para entregar a solução. “Isso vai te dar um panorama dos recursos necessários e uma boa noção de quanto você pode/deve cobrar pelo que está entregando. Recursos, custos e preço em mãos, projete quanto você precisa vender e melhorar nos meses seguintes.”, completa.Inclua, seu salário nesse cálculo →
O conselho de Martins é para que nada passe. “Se você tiver acesso a capital (mesmo que seja uma pessoa que você não conhece e possa se interessar), utilize.”, explica. O ponto crucial é sempre olhar com criticidade para os seus custos e respeitar o timing de crescimento do negócio, “especialmente se for serviço, você deve colocar a mão na massa por um bom tempo, e receber como se não colocasse; acredite, à medida que as coisas andarem, você terá tempo para “apenas” gerenciar o business.”, aponta e finaliza: “minhas dicas são para pessoas reais começando a empreender. Se você já é um grande empresário e tem uma ideia, contrate as pessoas que podem fazer isso para você e não perca tempo. Essa é a maneira que eu faria, se fosse começar um negócio novo hoje mesmo.”.Uma dúvida comum a empreendedores, sejam experientes ou de primeira viagem está em entender a viabilidade do negócio e prós e contras de começar um negócio do zero ou apostar em um modelo já consolidado no mercado.
Não há uma resposta correta. É preciso avaliar seus objetivos e o que é mais adequado ao seu perfil.
Negócio próprio
Ao entender que ter um negócio próprio é mais vantajoso. O primeiro passo é assumir a mentalidade de que a maioria dos riscos, se não todos, são seus. Para o estrategista financeiro, Gustavo Gerbasi, além disso, o empreendedor precisa assimilar: “nem todos os riscos assumidos irão gerar recompensas.”.
Ele traz como exemplo, para superar as barreiras iniciais ter propostas inovadoras. Mesmo para negócios já existentes. Logo, é preciso inovar.
É essencial ter um plano de negócio muito bem estruturado, para entender quem são seus concorrentes; o que eles oferecem e como você irá se diferenciar. Um ponto de atenção, segundo especialistas, é: ter o preço como diferencial não é sustentável a longo prazo.
Outro cuidado na construção de um negócio do zero é a regularização jurídica da sua empresa. Embora burocrática, a ação é indispensável.
Contudo, dependendo do seu modelo de negócio, é possível ter custos mais atrativos a partir de modelos como o MEI e o Super Simples.
Um passo importante na construção de um negócio próprio é a liberdade e a possibilidade de inovação e criação, também a partir do zero.
Por outro lado, é preciso considerar uma possibilidade mais alta de falhar, falta de suporte e os riscos financeiros, caso o negócio venha a fracassar.
Franquias
Franquias são modelos já testados e com viabilidade de negócio de garantida.
Segundo a ABF, o setor, que cresceu 7%, com projeções de crescer acima dos 10% em 2019. Além disso, a instituição destaca que ao contrário do visto no mercado tradicional, apenas 10% da unidades franqueadas encerram suas atividades após 5 anos de atuação.
Evidente, tanto um negócio próprio como uma franquia irão demandar muita dedicação. Um dos pontos que pode pesar contra o modelo é o fato de haver limitações gerenciais, por se constituírem de negócios já consolidados. As franquias possuem regras específicas, linguagem, cores, produtos, entre outros. Estes padrões devem ser seguidos e são regidos por contrato.
Por outro lado, um franqueado conta com todo o know-how da franqueadora, suporte de marketing, treinamento, exclusividade de marca, consultoria jurídica e, para cada modelo de negócio, uma variedade de soluções para o negócio.
Logo, como destacado no início deste tópico, não há uma resposta certa. Apostar em uma franquia ou em um negócio próprio vai do seu objetivo e perfil empreendedor.
Grande parte dos empreendedores possuem curso superior, muitos com pós graduação. Logo, fica evidente a necessidade de aperfeiçoamento sobre o empreendedorismo e outras áreas de conhecimento.
Pensando nisso, e para facilitar sua curva de aprendizado, o Pedro Judacheski, CEO da Delivery Much, e a equipe de marketing selecionaram obras essenciais na sua jornada de empreendedor.
1 – O lado difícil das situações difíceis
Porque ler → escrito por Ben Horowitz, um dos empreendedores mais respeitados do Vale do Silício, o livro é uma reflexão do próprio autor sobre como ele fundou, dirigiu, vendeu, comprou, geriu e investiu em empresas de tecnologia nos EUA.
A obra é considerada por grande parte dos empreendedores como um guia de bons conselhos e lições aprendidas durante o processo de formação de um empreendedor.
Além do livro, Horowitz também escreve em seu blog. Segundo o Google, o autor é fã de rap e ilustra as lições empresariais com suas letras preferidas. É famoso por falar a verdade sobre os assuntos mais delicados do universo do empreendedorismo.
O livro é avaliado com 4,7 estrelas na Amazon
2 – Organizações exponenciais
Porque ler → estamos na era do conhecimento e de grandes mudanças. E é isso que a obra dos empreendedores Salim Ismail, Yuri Van Gess e Michael Malone traz em suas páginas.
No livro, os autores destacam porque estamos na melhor época para se viver. Uma era onde a concorrência não é uma empresa multinacional. Qualquer pessoa que tenha coragem e força de vontade para tirar suas ideias do papel, se reinventar e seguir testando é um potencial concorrente.
Com toda essa força criativa é preciso ter processos. Para os autores, uma das possibilidades é utilizar o conceito de 6Ds de Peter Diamandis. Contudo, os autores veem que para empregar o método com sucesso é preciso algo radicalmente novo, adaptável e inteligente, por que as coisas estão em constante mudança.
O livro é avaliado com 4,7 estrelas na Amazon
3 – Lean Startup
Porque ler → Escrito por Eric Ries, empreendedor e pesquisador da Harvard Business School, Lean Startup não é apenas um livro. Ele é um movimento que mudou a forma de pensar sobre as empresas.
Contudo, ao ler o livro é preciso estar disposto a mudar seu mindset – modo de pensamento. É este processo que irá te ajudar a colocar em prática o que o livro traz. Para Vinicius Dambros, Diretor de Marketing da Delivery Much, o livro aborda o mindset dos empreendedores de tecnologia do vale do silício. “Tem foco em empreender, mas o mindset é para vida, ao meu ver”, enfatiza.
O livro é avaliado com 4,5 estrelas na Amazon
4 – Antifrágil – Coisas que se beneficiam com o caos
Porque ler → a obra do matemático e escritor Nassim Nicholas Taleb traz um olhar sobre como prosperar em um mundo de incertezas e como se tirar o melhor de eventos inesperados.
Na obra, o autor trata a incerteza como algo desejável e necessário que, para ele, constrói coisas mais resistentes ao imponderável, criando o conceito de antifrágil.
Englobando análises sobre inovações e melhorias feitas a partir de tentativa e erro, o livro é uma ótima reflexão sobre decisões que podem mudar uma vida, política, planejamento urbano, guerra, finanças pessoais, sistemas econômicos e medicina.
O livro é avaliado com 4,6 estrelas na Amazon
5 – Um passarinho me contou
Porque ler → escrita por um dos criadores do Twitter – Biz Stone -, a literatura conta a história da criação da rede social. Autobiográfico, Biz mostra como as coisas aconteceram rápido e credita o sucesso, principalmente, a um fator determinante no rápido crescimento: a necessidade.
No livro, o autor fala sobre ambição, fracasso, cultura empresarial e o valor da vulnerabilidade. Tendo quebrado diversas vezes, ele conta como levava uma vida extremamente simples no início do Twitter e identifica o momento em que perceberam que o mundo queria se conectar e que as pessoas, juntas, poderiam fazer coisas extraordinárias.
O livro é avaliado com 4,6 estrelas na Amazon
Concluindo …
A jornada do empreendedor, assim como descrito em muitos destes livros, é cheia de adrenalina, mas, ao final, recompensadora.
Logo se você é ou está no caminho de ser um empreendedor digital. Ter resiliência e fazer testes são essenciais e como estamos falando de empreendedorismo digital, um dos jargões mais propagados aqui, em Florianópolis, é: o melhor momento para começar era há 5 anos, mas há outro ótimo momento para começar, que é agora!”.
Boa Jornada!