O delivery permanece como uma grande aposta para 2022. Saiba como manter o modelo em destaque.
Os números não nos deixam mentir: o crescimento do delivery já era uma tendência consolidada antes da pandemia. O que mudou a partir de 2020 foi a rapidez desse crescimento e o alcance que a solução passou a ter globalmente a partir do momento em que deixou de ser conveniência para se tornar necessidade.
Muitos negócios, inclusive, adotaram o modelo como forma de sobreviver à crise e hoje ele é o responsável pela maior parte das suas receitas. Segundo uma pesquisa nacional encomendada pela VR Benefícios ao Instituto Locomotiva, 89% dos estabelecimentos comerciais do país passaram a utilizar o delivery durante a pandemia e hoje ele é responsável por mais da metade do faturamento em 56% dos estabelecimentos do setor.
Mas e agora que grande parte da população já está imunizada e volta a frequentar os espaços coletivos, os negócios deixarão de usar o delivery? Pelo contrário: um levantamento da consultoria Galunion, da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e do Instituto Foodservice Brasil (IFB), apontou que 85% pretendem manter o delivery mesmo após a retomada do serviço presencial com ocupação total.
MENU DE NAVEGAÇÃO
1 → Dark kitchens
2 → Inteligência de dados
3 → Sustentabilidade
4 → Saudabilidade
5 → Agilidade na entrega
6 → Cuidado com as pessoas
1 → Dark kitchens
O modelo de negócio das Dark Kitchens, que já despertava a atenção dos empreendedores no início da pandemia, ganhou ainda mais força em 2021 — e a tendência se mantém forte para este ano. De acordo com a Pesquisa de Desempenho do setor de franquias realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) no segundo trimestre do ano passado, o formato já era adotado por 57,4% das franquias, dentre as quais 21,3% já estavam atuando e outras 11,5% estavam em fase de implementação.
Por não contarem com o atendimento de salão ou espaço de consumo no local, as Dark Kitchens têm como principal vantagem o custo consideravelmente mais baixo que os restaurantes tradicionais. Além de o espaço para aluguel ser reduzido, também é necessário contratar menos funcionários e a operação como um todo se torna mais enxuta. Em um momento em que o delivery e o take away são a preferência de quem mantém o distanciamento sem abrir mão da comodidade, o modelo tem tudo para permanecer em alta em 2022.
2 → Inteligência de dados
Estamos cada vez mais conectados. A internet nos traz um mundo inteiro de possibilidades e, à medida que a nossa conexão — e, consequentemente, o compartilhamento de dados — se torna cada vez maior, também aumenta a possibilidade de estratégias focadas na experiência do consumidor.
No delivery, além de proporcionar um conhecimento mais aprofundado sobre os clientes, a inteligência de dados é uma forte aliada para a elaboração de experiências personalizadas com redução de custos e maiores chances de conversão. Em outras palavras, seria possível enviar uma oferta certa, para o cliente certo, no momento certo.
3 → Sustentabilidade
Uma tendência que se mantém forte ano após ano é a sustentabilidade. Segundo a pesquisa global Vida Saudável e Sustentável 2021, promovida pelo Instituto Akatu e a GlobeScan, apontou que 86% dos brasileiros querem reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza. Mas se antes ser uma empresa ecofriendly era um diferencial, hoje ela é um fator de escolha decisivo para muitos consumidores.
O movimento de diminuir o impacto ambiental também está cada vez mais forte no setor de alimentação. A redução de alimentos de origem animal e substituição por alternativas de base vegetal é um exemplo que vem ganhando cada vez mais adeptos.
Além disso, durante a pandemia, com o aumento significativo do consumo de descartáveis (a fim de diminuir os riscos de contaminação), se tornou ainda mais evidente a necessidade de os negócios buscarem alternativas e soluções sustentáveis. Mais do que investir em embalagens biodegradáveis, reciclagem de resíduos e processos de produção otimizados, o delivery sustentável pode atrair clientes ao divulgar o uso de veículos ecofriendly ou investir em alternativas como a neutralização das emissões de carbono.
4 → Saudabilidade
É fácil imaginar o porquê de a saúde estar entre as tendências para o delivery em 2022. Com quase dois anos de pandemia, a nossa preocupação com o bem-estar e a qualidade de vida nunca esteve tão em alta.
O consumo de alimentos com baixo teor de sal e gordura, além da preferência por opções mais saudáveis e orgânicas, vem crescendo cada vez mais. Delivery de produtos voltados para o autocuidado, que melhoram o funcionamento do organismo, promovem o bem-estar mental e ajudam na manutenção adequada do nosso sistema de defesas tem um espaço crescente no mercado em 2022.
5 → Agilidade na entrega
Queremos tudo para ontem — isso é um fato. E é claro que esse senso de urgência também se reflete na forma como consumimos. O quick-commerce (ou q-commerce) se caracteriza pela rapidez nas entregas e vem ganhando cada vez mais força. Segundo uma pesquisa da Capterra, 95% dos consumidores gostariam de uma redução nos prazos para receberem seus produtos no comércio eletrônico. E é inevitável que isso se estenda para o delivery também.
Os processos ágeis devem fazer parte de toda a operação, desde a produção até a entrega. E tudo precisa andar em sincronia: de nada adianta uma produção rápida com uma entrega demorada e vice-versa. Quem já trabalha com delivery sabe a importância de processos bem alinhados para um resultado ágil.
Um uso mais inteligente de dados para melhorar a logística da entrega, o melhor planejamento das rotas e o investimento em novas tecnologias, como a entrega através de drones (que pode estar cada vez mais próxima), são formas de garantir que essa tendência impulsione os negócios de delivery em 2022.
6 → Cuidado com as pessoas
Segundo uma pesquisa do Instituto Qualibest, 35% dos consumidores veem a higiene e a segurança como um dos critérios determinantes para a escolha de estabelecimentos. E, não é preciso dizer, esse cuidado também é fundamental quando falamos de delivery.
E o cuidado com as pessoas vai além: mais do que buscar transparência em relação ao preparo de alimentos, os consumidores estão cada vez mais atentos ao cuidado que os deliverys têm com seus colaboradores. Jornadas exaustivas, pressão, má remuneração, dentre outras questões, podem levar esses consumidores a não só desistirem de uma compra, mas a promoverem boicotes e cancelamentos generalizados.
Alguma dessas tendências já faz parte do seu delivery? Quer saber mais sobre alguma que não abordamos aqui? Conte para a DM nos comentários!
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