por Flávia Rosa
Caçula de uma família com três filhas, Fernanda Ribeiro, recrutadora do time de business da Delivery Much, prefere pessoas e cinema a números, embora tenha trabalhado no financeiro por 1 ano e meio.
Fernanda diz que olhar um filme não é suficiente, é preciso ir além e entender o que há por trás de cada cena, filosofia que ela transmite para para sua vida pessoal e trabalho.
Como uma curiosidade nata, para Fernanda movimentar-se no trabalho e na vida é algo comum.
O começo da jornada
Sair da casa dos pais, no interior, e vir para Florianópolis, sozinha, sem conhecer ninguém foi, definitivamente, o desafio de carreira – e da vida – da Fernanda.
“Foi uma mudança muito grande, mas que eu não trocaria por nada. Tá dando muito certo. A Delivery Much contribuiu muito para meu desenvolvimento pessoal.”
A jornada tem sido intensa. Quando chegou à DM, a profissional entrou no time Financeiro, e por lá, passou por diversas funções. Mas apenas mudar de função é pouco; junto com a empresa, se mudou para Florianópolis e, recentemente, passou a fazer parte do time de Pessoas e Cultura.
“Aqui 3 meses parecem um ano. Nos primeiros 2 meses abracei novas funções. 4 meses depois estava em Floripa. Mais 3 meses e mudamos de andar e em agosto deste ano migrei para o time de Pessoas & Cultura.”
Desde 2018, quando entrou na empresa, ela acompanhou de perto o crescimento exponencial da startup. Eram 50 funcionários na sua chegada, hoje são mais de 320. Como recruiter, responsável por trazer mais pessoas ao time, o sentimento dela é só orgulho:
“Para mim, e para as pessoas que começaram em Santa Maria, tem um gostinho especial. É um negócio que começou ali, com pessoas conhecidas, dentro da Universidade que muitos de nós estudamos. Então, ver a empresa crescendo, dando oportunidade para tanta gente, ainda mais nesse ano difícil é muito bom. É muito bonito ver o time crescendo e as pessoas se identificando com a nossa cultura, propósito e valores.
Representatividade
À frente da missão de trazer novos talentos à DM, Fernanda destaca a importância de trazer maior inclusão e representatividade para todos os espaços da empresa, especialmente em posições de liderança: “Às vezes, não somos notadas pelos homens e, como mulher, eu sinto que a gente tem que se empoderar mais. Fazemos um monte de coisas e outra pessoa faz o mesmo – às vezes menos – e consegue mais reconhecimento por isso.”
Na visão da profissional, a DM está no caminho certo. “Estamos nos diversificando mais, as pessoas estão sendo representadas e podendo ter grupos para discutir essas questões. Eu acho bem importante, mas ainda temos um longo caminho a percorrer.”
As expectativas para o próximo ano são as melhores. Os espaços abertos para falar sobre diversidade e inclusão social são um caminho sem volta. Fernanda destaca entre as ações o Grupo de Mulheres da Delivery Much, o Unidas de Verdade, responsável por unir muitas mulheres e despertar o interesse de muitos homens sobre como apoiar a causa.
Ela também aponta o grupo de pretos da DM que vem discutindo sobre os melhores formatos para impactar positivamente a sociedade através do negócio, trazendo à tona pautas sobre igualdade racial que precisam ser discutidas. Um exemplo, foi um bate-papo que aconteceu há um tempo, o “Podemos falar sobre a Consciência Negra?”, em que toda a empresa participou da conversa.
“Para 2021, a gente tem o potencial e o dever de transformar o que a gente vem discutindo em ações”.
Missão
A construção de uma empresa mais inclusiva começa ainda no processo seletivo e o tópico é uma preocupação e um compromisso que o time todo tem de prezar, por um viés de consciência.
“Às vezes a gente sente um candidato LGBTQIA+, por histórico de outros processos seletivos, com receio de trazer que é LGBTQIA+. Às vezes dá para sentir, na conversa, que as mulheres têm receio em falar que tem filho, que são casadas. Nossa missão é deixar a pessoa confortável. Ela precisa saber que na DM essas questões não irão fazer diferença para ela ser contratada ou não.”
As mudanças em todo o cenário de uma empresa de tecnologia já são inegáveis, mas caminhar rumo à igualdade, representatividade é o que motiva a Fernanda para construir um futuro incrível.
“A gente sabe que ainda têm coisas a melhorar e estamos trabalhando para isso e queremos que as pessoas se sintam confortáveis em ser quem elas são.”, finaliza Fernanda.
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