Com um modelo de negócio que preza pela rapidez e praticidade, os fast foods caíram no gosto dos brasileiros e se tornaram um dos segmentos mais fortes do food service.
Em nosso último artigo, falamos sobre a responsabilidade social dos negócios de food service em relação à saúde dos consumidores (se você não leu, acesse aqui). Nesse debate, não podem faltar os protagonistas de um dos segmentos mais rentáveis do mercado de alimentação: os fast foods.
São inúmeras redes espalhadas pelo Brasil, com foco em diferentes públicos e oferta dos mais variados tipos de alimentos: desde hambúrgueres até saladas. A popularidade do modelo também aumenta entre os consumidores, o que encoraja as marcas a expandirem cada vez mais para o interior do país.
Conheça mais sobre o mercado de fast food no artigo abaixo:
MENU DE NAVEGAÇÃO 1 → O que é o fast food e por que ele é tão popular? 2 → Números do mercado de comidas rápidas no Brasil 3 → O efeito fast food
1 → O que é o fast food e por que ele é tão popular?
Não é preciso ser um consumidor assíduo para conhecer a força das redes de fast food no Brasil. O número de unidades espalhadas pelo Brasil só aumenta, tanto de redes estrangeiras quanto nacionais.
As comidas produzidas rapidamente e em larga escala combinam com o estilo de vida corrido dos brasileiros – um comportamento que deixou de ser exclusividade dos grandes centros e passou a ser comum em muitas cidades de interior. A praticidade e a agilidade do modelo trouxeram mudanças importantes para a forma como nos alimentamos.
Muitos fast foods se beneficiam do delivery para aumentar sua popularidade. Ao quebrar as barreiras geográficas, as redes de fast food se fortaleceram ainda mais, tornando-se um dos segmentos que mais lucra no setor de alimentação. A expansão das redes para o interior do país e o aumento da demanda por alimentação conveniente também contribuem para aumentar a popularidade do segmento entre os brasileiros.
2 → Números do mercado de comidas rápidas no Brasil
Em outubro de 2019, a Opinion Box realizou uma pesquisa em que mapeou os hábitos de consumo e o mercado de fast food no Brasil. Confira alguns dos dados levantados pelo estudo:
- 44% dos participantes da pesquisa frequentam redes de fast-food pelo menos uma vez a cada 15 dias ou mais frequentemente.
- 49% gastam, em média, R$ 51 por mês ou mais com restaurantes e lanchonetes fast food.
- 67% costumam comprar produtos em redes de fast food em shopping e 44% costumam pedir para entregar em casa.
- Os fatores que mais influenciam a escolha de uma marca são o sabor, a vontade de consumir um alimento específico e o preço.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o consumo de alimentos processados cresceu 4,3% em 2018. Já o Sindicato das Cozinhas Industriais (SINDAL) apontou que o mercado movimenta R$ 84 bilhões no país.
A estimativa até o início do ano era de que o ritmo de abertura de lojas não tivesse redução, mas a pandemia acabou forçando uma desaceleração. O consumo através do delivery tem sido essencial para garantir a continuidade das operações.
3 → O efeito fast food
Alimentos calóricos, ricos em sódio, gordura e açúcar, são o carro-chefe de muitos fast foods. Não é à toa que eles são considerados grandes vilões da saúde.
A obesidade no Brasil vem atingindo números cada vez mais preocupantes. Mais da metade da população brasileira tem excesso de peso, enquanto quase 20% é considerada obesa segundo uma pesquisa realizada em 2018 pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
Mas, se o consumo exagerado desse tipo de alimento faz mal à saúde, por que ele ainda é a escolha de tantos brasileiros? Segundo a consultora especialista em food service Carol Bortoleto, essa cultura pode estar ligada ao custo dos alimentos e aos maus hábitos:
“É muito mais barato comprar um refrigerante do que comprar fruta para fazer um suco. Quando você fala da população de baixa renda, principalmente, que é menos consciente, é onde a taxa de obesidade aumentou. Acho que vai muito da educação (…) e da consciência alimentar. Nós aprendemos a comer rápido, aprendemos a ir ao shopping e comer no fast food correndo, em pé mesmo, sem apreciar o que estamos comendo.”.
4 → Mudanças de comportamento e fast food saudável
De olho nas mudanças de comportamento dos consumidores, muitas redes passaram a apostar em alternativas saudáveis, ou mesmo em cardápios inteiramente dedicados a quem quer praticidade aliada à saúde.
O Brasil já é um dos maiores mercados de alimentos e bebidas saudáveis do mundo. As previsões seguem apontando para um cenário otimista: segundo a Euromonitor, a estimativa de crescimento do segmento de alimentação saudável é de 4,4% ao ano até 2021.
As categorias que podem ser uma aposta interessante para quem quer investir no setor são as “livres de”, focadas na produção de alimentos sem glúten e lactose, e as produções que priorizam alimentos orgânicos.
A tendência da saudabilidade já é uma realidade no mercado brasileiro. Ou seja, quanto mais opções saudáveis no seu cardápio, maiores as chances de atrair clientes em busca de refeições rápidas mas sem abrir mão da saúde.
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