Com uma rotina cada vez mais corrida, os brasileiros buscam no delivery uma forma de diminuir o tempo que perdem na cozinha.
Pense no seu prato favorito. Se você também se encarrega do preparo, calcule o tempo, em média, que você gasta na cozinha até que ele fique pronto.
Agora faça as contas de quantos minutos você leva para comer. A não ser que o preparo seja muito rápido, é bem provável que você leve muito mais tempo cozinhando do que de fato comendo.
Para quem gosta de todo o processo e sente prazer em cozinhar, isso não é um problema — muito pelo contrário. No entanto, para quem preza pela comodidade e pela otimização de cada minuto do seu dia, o resultado dessa conta pode não ser nada positivo.
O brasileiro na cozinha
Desde o início da pandemia, quando muitos brasileiros começaram a passar mais tempo em casa, não faltou quem descobrisse na culinária um novo hobby. Mas você já parou para calcular o tempo que investe todos os dias no preparo de suas refeições?
Uma pesquisa realizada pela Delivery Much, que contou com a participação de usuários e não usuários de delivery em 15 estados, revelou que 37,5% dos entrevistados acreditam passar menos de uma hora por dia na cozinha, enquanto 48,75% estimam que esse tempo fique entre 1 e 3 horas. Foram poucos os que afirmaram investir mais tempo na atividade: 3,75% calculam entre 3 e 5 horas e apenas 2,5% passam mais de 5 horas cozinhando.
Um dos motivos que levam vários dos participantes a prepararem suas próprias refeições, além de gostarem de cozinhar, foi o custo menor em relação ao delivery.
A jornalista Andriele Pereira é uma delas. Ela diz que prefere cozinhar a pedir delivery quando é algo que ela sabe fazer e sabe que vai sair mais barato. Este também é o argumento de Guilherme Fabri, analista digital, quando resolve cozinhar em casa: “O gasto com delivery em algumas situações acaba sendo maior do que fazer algo em casa”, relata.
A escolha pelo delivery
Já quando o assunto é praticidade, o delivery sai na frente. 92,5% dos entrevistados disseram pedir suas refeições através de apps; dentre eles, 50% revelaram uma frequência de 3 a 10 pedidos por mês e 13,75% superam os 10 pedidos mensais.
Para Iuri Barcellos, a linha de raciocínio é: posso/consigo fazer em casa? “Tipo pizza. Nem cogito fazer porque pedir é muito mais simples. Já um cachorro quente eu prefiro fazer”. Ele também aponta um bom custo benefício ao optar pelo delivery: “às vezes prefiro comprar porque sai até mais barato, já que sobra e acabo comendo vários dias seguidos”.
Mesmo cozinhando em casa, Andrielle relata pedir delivery no horário de almoço para não precisar enfrentar o calor durante o intervalo ou quando não sabe fazer uma receita específica. Já para Francisco França Junior, a solução também se configura como uma necessidade: “eu sou péssimo na cozinha, então vou de delivery mesmo”.
Necessidade, aliás, foi uma palavra muito ligada ao delivery em 2020 — e tende a permanecer em 2021. Em função da pandemia, a solução foi essencial para que muitos estabelecimentos continuasse funcionando mesmo com as medidas restritivas.
E não foram só os bares e restaurantes que se beneficiaram com a digitalização dos negócios a partir do delivery: muitos supermercados, farmácias e até mesmo pet shops aderiram aos apps de entrega como forma de manter seus clientes e expandir sua região de atuação.
Por fim, os benefícios oferecidos pelos apps além da comodidade de fazer um pedido sem sair de casa também são decisivos na hora de escolher o delivery. Fabri aponta que os cupons de desconto, combos e promoções são fatores decisivos na hora de ele pedir suas refeições por app. E conclui: “fome + cansaço me fazem pedir delivery”.
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