Como reduzir os impactos do coronavírus no food service

como reduzir os impactos do coronavírus no food service

6 minutos de leitura

Passamos por um momento desafiador social e econômico, porém o momento deve ser de calma e cuidados. 

Para reduzir a propagação do coronavírus, muitas ações estão sendo tomadas por entidades, governos e empresas e em paralelo muitas informações equivocadas são disseminadas. Entendemos que como profissionais do setor de alimentação, prestamos um importante serviço à sociedade e é nossa obrigação buscar informações verdadeiras, replanejarmos metas e estruturas.

Para contribuirmos social e economicamente, separamos algumas informações importantes recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e profissionais de segurança alimentar. 


MENU DE NAVEGAÇÃO

1 → O coronavírus

2 → Cuidados e higienização

3 → Cuidados com sua equipe

4 → Como minimizar os impactos no seu negócio

5 → Identifique Fake news

6 → Onde encontrar fontes seguras de informação


1 → O coronavírus

Segundo o Ministério da Saúde, o coronavírus (CID10) é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Embora comum, um novo agente, o COVID-19, foi descoberto em 31/12/2019 em Wuhan, na China. 

Transmissão

A transmissão do Covid-19 ocorre quando uma pessoa infectada tosse ou espirra e gotículas com o vírus vão parar em objetos ou superfícies. 

A transmissão então pode ser direta ou indireta, pois o vírus sobrevive horas ou dias, dependendo da superfície onde está. Segundo Átila Iamarino, DR. em ciências biológicas e infectologista, o vírus sobrevive:

  • até 3h suspenso no ar (em locais fechados com pouca ventilação)
  • até 4h em cobre
  • até 24h em papel ou papelão 
  • de 2 a 3 dias em plástico ou aço inox 

A transmissão então ocorre quando alguém tem contato com um transmissor ou toca em uma superfície infectada e leva as mãos a boca, nariz ou olhos. É essencial lembrar que 80% das pessoas contaminadas apresentam apenas sintomas leves, mas continuam transmitindo o vírus. 

Síntomas

Febre, tosse e dificuldade de respirar são os principais sintomas do coronavírus. Há também, pacientes que podem desenvolver dores no corpo, congestão ou corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. De acordo com a OMS, os sintomas geralmente são leves e graduais

Quem está em grupos de risco

Como o vírus ataca o sistema respiratório, idosos e pessoas com doenças crônicas são mais suscetíveis a doença. Estão nos grupos de risco:

  • Idosos acima de 60 anos
  • Diabéticos
  • Hipertensos
  • Pessoas com insuficiência renal crônica
  • Pessoas com doenças respiratória crônica

Contudo a OMS alerta que há registros, em menor proporção, de mortes de crianças e jovens.

2 → Cuidados e higienização

O setor de alimentação é conhecido por trabalhar com medidas eficazes de higiene para manter a qualidade de seus produtos. Porém, é essencial que haja neste momento o dobro da atenção, pois como vimos, o vírus dependendo da superfície pode sobreviver até 3 dias. 

Cuidados na higienização de alimentos

1→ Ao receber produtos, procure ficar a 1,5 metro de distância do fornecedor

2 → Higienize todo os produtos recebidos, incluindo embalagens, com álcool 70% 

3 → Pague seus fornecedores com cartão ou via pagamento online, evite moedas e notas de papel 

4 → Procure não levar as mãos ao rosto e as lave com água e sabão após fazer a higienização dos produtos

5 → Higienize os alimentos com água corrente e mergulhe verduras e frutas em solução com água sanitária.

6 → Passe álcool 70%, ou lave com detergente torneiras e equipamentos.

7 → Opte pelo pagamento online na sua operação de delivery, em casos onde isso não é possível, procure manter distância segura do cliente e higienize após o uso, máquinas de cartão e suas mãos. 

8 → Caso haja atendimento de salão, proteja ao máximo o buffet, mantenha o ambiente ventilado e atenda as orientações do Ministério da Saúde de manter as mesas ao menos 1,5 metro de distância.  

Você pode seguir também estas dicas para sua casa.

3 → Cuidados com sua equipe

A orientação do Ministério da Saúde é para que as pessoas fiquem em casa, caso não haja essa opção, siga algumas regras sanitárias:

  • Organize medidas de prevenção na sua empresa, se for preciso estipule responsáveis para verificar as medidas
  • Distribua de forma homogênea recipientes de álcool em gel
  • Incentive medidas para minimizar o contato físico
  • Oriente as pessoas sobre os formatos de transmissão
  • Reforce sempre a necessidade de lavar as mãos e higienizar equipamentos 
  • Na operação de delivery higienize embalagens, bags, máquinas de cartão e celulares
  • Após o uso, higienize as máquinas de cartão no estabelecimento
  • Ressalte aos entregadores a orientação de manter distância segura dos clientes 
  • Disponibilize álcool em gel 70% para os entregadores
  • Sempre que possível solicite que os entregadores deixem a entrega na portaria, na porta ou em outro local combinado com o cliente

10 → Caso algum funcionário apresente sintomas mande-o para casa

4 → Como minimizar os impactos no seu negócio

Em países com a Holanda e China e também no Brasil houve crescimento dos pedidos online durante a quarentena. Logo, se você ainda não tem operação de delivery, há uma oportunidade para iniciar, porém não deixe de ter todos os cuidados citados acima. Caso sua empresa já possua delivery use estratégias para focar suas vendas no delivery.  

Algumas estratégias que podem ajudar: 

a → Faça parte de apps de delivery como a Delivery Much

b → Tenha presença digital

c → Contate seus clientes de forma digital, você pode utilizar e-mail, Instagram, Facebook ou se for o caso, usar lista de transmissões no whatsapp

d → Faça promoções nos apps e nas suas redes sociais

e → Invista em estratégias de Customer Success e SEO

f → Faça planejamentos e pense em ações com parceiros

g → Busque apoio de entidades do seu setor 

h → Reforce as boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos

i → Reduza o cardápio de alimentos crus

j → Informe de forma visual tudo que você está fazendo para seus clientes

l → Implemente uma operação de comunicação omnichannel

m → Busque parcerias para fornecer produtos a condomínios e empresas da sua região


O que as entidades do setor estão fazendo?


Como estamos em um momento sem precedentes, ainda não sabemos qual será o impacto real da pandemia na economia e no mercado de food, empresas e entidades estão buscando soluções junto ao governo para que o impacto seja o menor possível e a retomada acelerada. 

Abaixo, trazemos os principais pontos em discussão do setor de food com os governos federal e estadual 

1 → Garantir que a atividade de delivery de refeições esteja incluída, neste momento, no conceito de serviço essencial para a sociedade, independentemente da localização (shoppings centers, lojas de ruas, rodoviárias, aeroportos, lojas de conveniências etc) e sem limitação de horário de funcionamento;

2 → Financiamento de impostos devidos e do período da crise (a partir de março de 2020) para um prazo de até 120 meses, a partir de janeiro de 2021; 

3 → Edição de nova Medida Provisória ou inclusão no texto da MP do Contrato Verde e Amarelo, em regime de exceção por conta da crise, sobre a redução da jornada de trabalho e salário, sem qualquer entrave ou burocracia, por meio de acordo entre empresas e trabalhadores; 

4 → No mesmo contexto, permitir a flexibilização das regras para concessão de férias individuais e coletivas;
 
5 → Permitir a desoneração da folha de pagamentos com a migração de funcionários para um regime especial, como o Contrato Verde e Amarelo ou MP específica para a contenção da crise; 

6 → Criação de linhas especiais de crédito para fomentar a recuperação das empresas; 7 → Com relação aos lojistas, pretendemos contribuir, direta ou indiretamente, na negociação com os operadores de shopping centers e pleitear a redução dos valores do custo total de ocupação durante os meses de crise, em função de a pandemia ser considerada uma crise humanitária, configurando um caso de força maior. 

Paralelamente, as entidades também reivindicam junto aos governos estaduais: 

1 → Suspensão dos pagamentos de ICMS (em 2020) e pagamentos financiados em até 120 meses a começar em janeiro de 2021; 

2 → Criação de linhas de créditos especiais destinadas a financiar a recuperação das empresas;

acesse o documento completo aqui: Comunicado Coronavírus

Ações para seguir

O Sebrae preparou uma programação especial para empreendedores sobre como gerir sua empresa neste momento. Diariamente, às 17h, será realizada uma live na página do Sebrae, sendo um segmento por dia.

Para assistir: https://www.facebook.com/sebraesp/ 

Programação:

17/03 → Alimentação (acesse neste link: Alimentação fora do lar em tempos de coronavírus)

18/03 → Meios e Hospedagem (acesse neste link: Meios e Hospedagem

19/03 → Tecnologia 

20/03 → Varejo 

23/03 → Beleza 

24/03 → Serviços MEI 

25/03 → Indústria 

26/03 → Agro

27/03 → Multisetorial

Caso você não possa assistir no dia é possível ver a gravação no canal do youtube do Sebrae SP.

5 → Identifique Fake news

As fakes news são um problema sério há algum tempo, porém no momento atual disseminar notícias falsas ou equivocadas pode custar vidas. 

Há algumas características padrão em notícias falsas ou em sites duvidosos, são elas:

1 → Não trazem uma fonte à notícia

2 → Trazem soluções rápidas e fáceis

3 → Em geral são textos curtos baseados em uma chamada calamitosa

4 → No whatsapp geralmente são encaminhadas e nunca se sabe de onde veio a informação

Além disso, lembre que temos responsabilidades sociais e econômicas e cabe a nós frearmos a disseminação de mentiras. Para isso: 

  • Leia a notícia inteira, não apenas o título
  • Cheque a fonte e a autoria da notícia 
  • Busque pelo título do material no Google ou em ferramentas como a fato ou fake, a Comprova ou a Fake Check
  • A notícia é áudio ou vídeo, questione a fonte do material e busque pelos tópicos principais em canais confiáveis

6 → Onde encontrar fontes seguras de informação

Para fugir das Fake News sobre o corona além das medidas acima é essencial estar bem informado e para que você não caia e não deixe as pessoas cair em notícias falsas, busque informações em canais como:

1 → Ministério da Saúde: é o órgão máximo quando o assunto é saúde no país. 

2 → BBC Brasil: canal de notícias ligado a maior rede de comunicação britânica

3 → El país Brasil: um dos maiores e mais premiados jornais do mundo

4 → Sites especializados em saúde: no Brasil, temos a FioCruz, fundação de pesquisa ligada ao governo federal e às grandes universidades do país. Há uma matéria essencial no portal sobre boatos sobre o coronavírus, confira aqui: Informações falsas sobre o coronavírus

5 → Global cases: painel de acompanhamento da evolução do vírus no mundo.

Reforçamos que estamos em um momento atípico e é necessário cuidado, criatividade e união para reduzirmos os impactos sociais e econômicos do coronavírus.

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