Como funciona o Pix para empresas

Como funciona o Pix para empresas

Entenda como funciona o sistema de pagamentos instantâneos (pix) do Banco Central e conheça as vantagens que ele oferece para o seu negócio. 


Realizar pagamentos e transferências bancárias instantâneas a qualquer dia e hora parecia uma inovação distante para o Brasil. No entanto, na metade de 2020, o Banco Central disponibilizou para toda a população um novo sistema de pagamentos instantâneo que já havia sido anunciado no início do ano.

A partir daí, as notícias sobre o Pix não pararam de chegar. A facilidade do cadastro e a rapidez das transações atraiu os brasileiros para o sistema, que já possui grande adesão em todo o país. 

Além das vantagens para pessoas físicas, as pessoas jurídicas também se beneficiam com o Pix. Quer saber como a solução funciona para as empresas? Continue neste artigo que preparamos para você.


MENU DE NAVEGAÇÃO
1 → O que é o Pix
2 → Como funciona o Pix para empresas
3 → Quais são as taxas do Pix para empresas
4 → Vantagens de usar o Pix no seu negócio
5 → Como divulgar o Pix para seus clientes
6 → Como usar o Pix no seu delivery
7 → O que não fazer ao usar o Pix


1 → O que é o Pix

O Pix é um meio de pagamento instantâneo que permite transferências entre contas em até, no máximo, 10 segundos, a qualquer dia e hora (mesmo em domingos e feriados). A rapidez se deve ao fato que não há a intervenção de terceiros: o dinheiro é retirado de uma conta e transferido diretamente para a outra.

As transações podem ser feitas a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Não há limite de valor mínimo ou máximo para as transações (é possível transferir a partir de R$0,01).

Para usar o Pix, o usuário precisa apenas de um celular com acesso à internet. Ele permite fazer qualquer pagamento ou transferência que hoje é feito através de DOC, TED, cartão, boleto etc., e é válido para transações entre diferentes bancos, de banco para fintech, de fintech para instituição de pagamento, entre outros. O cadastro no Pix não é obrigatório e todas as opções de pagamento tradicionais seguem disponíveis mesmo para quem já utiliza o sistema.

2 → Como funciona o Pix para empresas

Como cadastrar o seu negócio

O cadastro para pessoas jurídicas é feito da mesma forma que o de pessoas físicas. É preciso ter uma conta corrente, poupança ou de pagamento em um prestador de serviços financeiros, seja um banco, uma corretora ou uma fintech. Ao abrir o aplicativo ou o internet banking da instituição financeira, é só localizar a seção Pix.

A chave Pix

Ao fazer o cadastro, você deve informar qual chave Pix quer usar e a instituição financeira envia a informação para o BC finalizar o registro. Chave Pix é um “apelido” utilizado para identificar a conta, e pode ser o CPF ou CNPJ, e-mail, número de celular ou uma chave aleatória gerada pelo BC. Assim, ao invés de fornecer todos os seus dados para alguém que vai lhe fazer uma transferência, você fornece apenas uma de suas chaves cadastradas.

As pessoas físicas podem registrar até 5 chaves, enquanto as PJ podem ter até 20 por conta. Só não é possível adicionar a mesma chave em mais de uma conta.

É importante destacar que a chave não será obrigatória para fazer ou receber um PIX. Quem preferir, poderá informar os dados da conta bancária como em um TED ou DOC. O Banco Central, no entanto, recomenda o cadastro da chave para garantir operações mais práticas e seguras, com um maior controle de dados.

Quais empresas podem usar o PIX?

Empresas de todos os tamanhos e segmentos podem aderir ao Pix, desde que possuam conta nas instituições financeiras participantes do sistema.

As transações podem ser realizadas entre:

  • Pessoas físicas (P2P)
  • Pessoas e empresas (P2B/ B2P)
  • Empresas (B2B)
  • Pessoas e governo (P2G/G2P)
  • Empresas e governo (B2G/G2B)

3 → Quais são as taxas do Pix para empresas

Para pessoas físicas, as transações realizadas pelo Pix são isentas de cobrança. A exceção acontece quando o dinheiro recebido for referente a uma atividade comercial (registradas através dos QR Code gerados pelo sistema) ou através de telefone ou atendimento presencial.

Já pessoas jurídicas estão sujeitas a uma taxa fixa desde a primeira transação, tanto para receber quanto para fazer pagamentos ou transferências. Essas tarifas são definidas pelas próprias instituições financeiras, sem que haja interferência do Banco Central (BC). Portanto, se a instituição decidir que não irá cobrar taxas, fica a seu critério. De qualquer forma, elas são menores do que as cobradas até então.

De acordo com o BC, a instituição financeira pagará R$ 0,01 a cada dez transações feitas no Pix, um valor muito mais baixo se comparado à TED, que custa cerca de R$ 0,07 por operação. A ausência de intermediários ajuda a diminuir esse valor.

A mesma redução de tarifas pode ser sentida quando a comparação é com os cartões de crédito e débito, já que o Pix encurta os caminhos e dispensa a passagem por adquirentes (donas das maquininhas de cartões) e bandeiras (como MasterCard e Visa) necessária nas operações tradicionais.

4 → Vantagens de usar o Pix no seu negócio

A redução de tarifas é um grande benefício do Pix, mas não é o único. Confira:

  • Mais velocidade nos pagamentos ou transferências feitos e recebidos;
  • É possível receber e efetuar pagamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana, e o dinheiro cai na conta na hora, sem precisar esperar o próximo dia útil ou o horário comercial;
  • Redução de taxas das transações (e, em alguns casos, custo zero);
  • Aumento da segurança para transações financeiras e melhora na experiência dos clientes;
  • Mais vantagem competitiva para pequenos negócios;
  • Aumento da inclusão financeira de pessoas físicas e jurídicas;
  • Confirmação instantânea de pagamento, que dá mais agilidade ao comércio eletrônico (com confirmações mais rápidas, o pedido também pode chegar antes ao consumidor);
  • Mais agilidade para pagar fornecedores, salários de funcionários e tributos.

5 → Como divulgar o Pix para seus clientes

O primeiro passo é chamar a atenção dos clientes para a opção de pagamento por Pix. Ainda são poucos os estabelecimentos que aderiram ao método, então a fase atual é de educação dos clientes. 

Os pagamentos podem ser realizados de três formas:

  • por transferência,
  • escaneamento de QR Codes ou
  • pagamento por aproximação (Near Field Communication, ou NFC).

Enquanto as pessoas físicas usam mais as transferências, os QR Codes podem ser mais interessantes para as PJ.

Os QR Codes podem ser de dois tipos:

→ QR Code estático: é emitido só uma vez e pode ser usado para diversas transações. Ele pode tanto ter um valor fixo quanto ser preenchido no momento da transação e é ideal para microempreendedores. Um carrinho de cachorro-quente, por exemplo, pode ter os QR Codes de todos os produtos para que os consumidores apenas escaneiem e façam o pagamento. Já uma loja de roupas que tem diversos produtos com preços variáveis pode utilizar a opção com valor a ser preenchido.

→ QR Code dinâmico: aqui o código é emitido a cada transação, e é indicado para negócios com operações mais complexa, como o comércio eletrônico. Como os códigos são exclusivos para cada operação, é possível incluir informações como data de vencimento, nome do cliente e número de nota fiscal, entre outras. Esse tipo de QR Code faz as vezes de um boleto bancário, sem envolver os passos necessários para a emissão de um.

6 → Como usar o Pix no seu delivery

Mesmo com todas as facilidades citadas até aqui, o uso do Pix para o delivery ainda não é tão simples. O maior desafio para os negócios do setor é a integração com o sistema de gestão dos estabelecimentos.

Uma pesquisa realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em dezembro, um mês após a liberação do Pix para a população brasileira, indicou que 43% dos bares e restaurantes veem a falta de integração dos sistemas como uma barreira para implementação do Pix.

Como o Pix está vinculado a uma conta, apenas o dono do estabelecimento ou o responsável pelo financeiro poderão comprovar que a transação foi realizada, o que se torna inviável quando se trata da logística do delivery.

Com a integração do sistema, a redução das taxas pagas hoje pelos restaurantes por cada transação pode ser repassada para os clientes. Oferecer descontos para quem pagar por Pix é uma estratégia interessante, já que, para o empreendedor, é vantagem que cada vez mais clientes optem pela solução.

7 → O que não fazer ao usar o Pix

Não cadastre a mesma chave em bancos diferentes

Como falamos lá no início, é possível cadastrar várias chaves em uma mesma instituição, mas não é possível cadastrar uma mesma chave em instituições diferentes. Essa chave é o identificador de uma conta, portanto, para utilizar uma chave já cadastrada em outra instituição, é necessário realizar a portabilidade.

Não proteger o celular

Esta é uma dica que vale para todo mundo. Como o sistema funciona dentro do app das instituições financeiras, é importante investir em senhas fortes e manter o telefone protegido com biometria para evitar fraudes e golpes que coloquem em risco os seus dados.

Errar a chave na hora de realizar uma transferência

Como as transações são instantâneas, é fundamental que o usuário se certifique de ter digitado a chave de destino certa antes de confirmar a transferência. Confira sempre o nome e o trecho do CPF/CNPJ que aparecem na tela antes de dar o ok.

Gerar QR Codes para pagamento fora do Pix

O sistema do Pix gera os QR Codes dinâmicos e estáticos que falamos anteriormente, e é a partir deles que você receberá os pagamentos dos seus clientes. Se gerar os QR Codes a partir de outras plataformas, a integração não será realizada.


Leitura complementar

Compartilhe este conteúdo:
Mais posts

Preencha o formulário e fique por dentro do mercado de foodservice.

Novidades quentinhas na sua caixa de entrada.
plugins premium WordPress