E-commerce: números de 2020 e projeções para 2021

E-commerce números de 2020 e projeções para 2021

O crescimento do setor em meio à pandemia surpreendeu as empresas com foco em vendas digitais. Para 2021, as projeções são otimistas.


A facilidade de comprar qualquer coisa sem sair de casa é um forte atrativo para consumidores com uma rotina cada vez mais corrida. Este é um dos motivos pelos quais o e-commerce já vinha em uma crescente ano após ano. No entanto, mesmo nos cenários mais otimistas, nada preparou o mercado para a expansão que o setor teria em 2020.

Em meio à crise do coronavírus, em que muitos negócios voltados apenas para o varejo tradicional acabaram fechando as portas, o e-commerce viu seus números dispararem. Sem poderem sair de casa, os brasileiros viram nas lojas virtuais uma alternativa segura e, muitas vezes, mais econômica de fazerem suas compras.

Segundo dados da Ebit/Nielsen, só no primeiro semestre de 2020, cerca de 7 milhões de novos usuários fizeram sua primeira compra através de e-commerce, o que gerou um faturamento 47% maior do que nos 12 meses anteriores. Para este ano o crescimento deve continuar, então vale ficar de olho nas tendências do setor.

Confira abaixo os números de 2020 e as projeções e tendências do e-commerce para 2021.


MENU DE NAVEGAÇÃO

1 → Números do e-commerce em 2020
2 → Projeções para 2021
3 → Tendências do e-commerce para 2021


1 → Números do e-commerce em 2020

O e-commerce no Brasil mais que dobrou em 2020. É o que mostra o indicador de e-commerce da Câmara Brasileira da Economia Digital e da empresa Neotrust, que apontou um crescimento de 122% no acumulado do ano até novembro em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O montante movimentado durante o ano foi de R$115,3 bilhões. Com um aumento da demanda devido ao trabalho remoto, o consumo de eletrônicos foi o mais significativo em 2020 e um dos maiores responsáveis por este número.

A procura por itens de primeira necessidade, como produtos de farmácias e supermercados, também foi expressiva. Além disso, a adesão de novos consumidores às lojas online e o aumento do volume de compras de quem já consumia através de e-commerces também contribuíram para o crescimento do mercado.

Os grandes players do setor, como Mercado Livre e Amazon, ajudaram a impulsionar o mercado. O investimento dessas empresas em infraestrutura foi significativo, com destaque para os aprimoramentos nos processos logísticos, como a abertura de novos centros de distribuição e melhorias nos processos de automação.

A aposta de grandes varejistas nos marketplaces, além de refletir diretamente no seu desempenho, também foi uma forma que muitos pequenos comerciantes encontraram de abrir suas plataformas online para começarem a vender pela internet durante a pandemia. Ainda assim, segundo dados de outubro, os e-commerces ainda representam apenas 8,6% do varejo, o que indica um território enorme a ser explorado. 

2 → Projeções para 2021

A previsão é de que o crescimento do e-commerce brasileiro se mantenha em um bom ritmo em 2021, segundo a Ebit|Nielsen. A consultoria prevê que as vendas online cresçam 26%, com um faturamento de R$110 bilhões.

Mesmo que o crescimento em 2021 seja menor que em 2020, a tendência é de que ele fique acima do nível anterior à pandemia, já que esse cenário contribuiu para o avanço do modelo com muito mais força do que acontecia até então.

Além do crescimento do número de consumidores, as melhorias na logística e o fortalecimento dos marketplaces e e-commerces locais também são fatores que certamente trarão impactos para a performance deste ano.

A Ebit|Nielsen também verificou que, dentre os consumidores que fizeram compras online neste ano, 95% pretendem continuar comprando através da internet. Com um preparo maior dos negócios para atenderem as demandas desses clientes e receberem quem ainda está chegando, o setor cria um terreno fértil para se desenvolver ainda mais em 2021.

Este ano, a incerteza sobre os rumos da pandemia continua, assim como as medidas de isolamento. A economia segue andando a passos lentos e o poder de compra dos brasileiros continua reduzido, o que certamente impacta todo tipo de negócio. Empresas que apostam na digitalização, no entanto, seguem na frente. As categorias que se consolidaram em 2020 e devem se destacar no e-commerce neste ano segundo a consultoria são:

  • Alimentos e Bebidas
  • Arte e Antiguidade
  • Bebês e Cia
  • Casa e Decoração
  • Construção

3 → Tendências do e-commerce para 2021

Shoppable

As compras pelo Instagram já são uma realidade para os brasileiros. Nessa modalidade, não é necessário que o consumidor saia do aplicativo para fazer a compra de itens que aparecem no seu feed: é tudo feito pela rede social. A tendência é que esse tipo de recurso se torne cada vez mais comum e torne-se disponível em outras plataformas, como a Netflix, por exemplo. Os negócios relacionados à moda são os que mais se beneficiam desse tipo de solução atualmente, mas o que não faltam são estratégias para os mais diversos setores.

Re-Commerce

Seguindo um dos comportamentos mais fortes dos consumidores para 2021, a sustentabilidade também está presente no e-commerce. Muitos consumidores, principalmente os mais jovens, têm uma visão diferente sobre como o seu consumo impacta o meio ambiente, e buscam cada vez mais fazer escolhas mais conscientes. É pensando nisso que o re-commerce vem ganhando força nos últimos tempos. A revenda de produtos como eletrônicos, eletrodomésticos, roupas, brinquedos e móveis, além de reduzir a quantidade de lixo produzido anualmente, também está alinhada com a crise econômica do país, já que a compra de itens de segunda mão passou a ser mais considerada por muitos brasileiros.

Pagamentos instantâneos

A transparência para os pagamentos é indispensável quando falamos em e-commerce. Os sistemas de pagamentos precisam ser fáceis e ágeis para que os consumidores se sintam seguros na hora de realizar uma compra. A chegada do Pix, serviço de pagamentos instantâneos do Banco Central, foi um grande passo para eliminar a resistência dos brasileiros em relação à fraudes em lojas virtuais. Conforme a adesão for se tornando maior, a solução ajudará a aumentar cada vez mais os números do e-commerce no Brasil.


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